A seita brasileira "Jesus, a Verdade que Marca" e sua crueldade...

Ficou conhecida depois deste acontecimento:

"As denúncias de trabalho escravo na comunidade Jesus, a Verdade que Marca não são novidade para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em janeiro de 2014, o órgão realizou uma fiscalização na cidade de São Vicente de Minas, no Sul do Estado, e encontrou 348 pessoas em condições análogas à escravidão, sendo 80 delas crianças com menos de 12 anos. A operação gerou uma multa de mais de R$ 200 mil à associação, que também passou a integrar a lista suja do trabalho escravo. Ontem, o advogado da seita, Leonardo Carvalho Campos, negou todas as acusações e disse que já entrou com recurso para suspensão da multa no MTE e para a retirada do nome da lista."

      Os cinco líderes da comunidade e um parceiro na fazenda estão presos após a operação "De Volta para Canaã", desencadeada pela Polícia Federal (PF) na última segunda-feira.
 Embora tenha identificado todas essas pessoas em condições de trabalho escravo, na fiscalização realizada em janeiro de 2014, nenhuma quis sair, e, assim, o MTE não fez o resgate na localidade. O advogado Leonardo Campos afirma que a acusação de trabalho infantil e escravo não tem fundamento, uma vez que o serviço realizado nas fazendas da comunidade é voltado para subsistência.

      “Eles enquadraram as pessoas lá como trabalho escravo só porque não tinham carteira assinada. Mas não faz sentido terem registro, uma vez que eles trabalham ali apenas para ter recursos necessários para viver. Tudo que é vendido é para pagar moradia, alimentação e itens básicos, tanto é que ninguém quis sair da comunidade”, justificou o advogado.

As afirmações do advogado vão contra o relato de moradores e ex-fiéis que abandonaram à seita. A reportagem de O TEMPO esteve anteontem na cidade, tentou visitar as fazendas e não conseguiu. “Tudo que está sendo falado acontece sim. Existe trabalho escravo, existe trabalho infantil”, contou uma costureira de 37 anos que viveu durante 12 anos com a seita, tempo em que viu os filhos começarem a trabalhar aos 8 anos.
As Prisões
 A expectativa do advogado Leonardo Campos é que os seus clientes, que foram presos pela PF, sejam soltos amanhã, quando vence o prazo da prisão provisória. “Se houver um pedido de postergar essa prisão, vamos à Justiça pedir a soltura. Essa detenção é exagerada. Era só nos comunicar, que todos os líderes iriam prestar depoimentos sem o menor problema”.
A PF ainda não decidiu se irá fazer o pedido para prolongar as prisões. Os cindo detidos estão no presídio de Três Corações, também no Sul do Estado, e em celas especiais, separadas dos demais detentos. Tudo isso aconteceu 20/08/15.
Veja os perfis dos líderes presos
Pastor Araújo. O pastor Cícero Vicente Araújo é o líder espiritual da associação. Tem domicílio eleitoral em São Vicente de Minas, mas não fica na cidade. É o primeiro na hierarquia do grupo.
Miguel Donizete. Um dos líderes da comunidade de São Vicente de Minas foi eleito vereador na última eleição e é dono da rádio Rede FM, com sede em Minduri. Pagou R$ 40 mil por 50% da emissora.
Peterson AndradeOutro líder da seita é vereador em Minduri.
Marcelo Dias. Também membro da liderança da comunidade, mora em São Vicente de Minas, mas foi preso em São Paulo.
Alberto. Membro da seita e trabalha em Pouso Alegre.
Jozé Buzzato. Conhecido como Dedé, alugava sua fazenda ao grupo e prestava serviços agrícolas.

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